O patinho que nao nadava nada Meu
Deus, que agonia, Um pato que não podia nadar? Que loucura! Estaria doente? Teria algum problema na asa? Seria má formação, uma fissura ou contusão? Não, é o medo da água que o tortura.
Mamãe
pata, me ajude Chamou mamãe pata seus cinco filhotes. - Não podemos deixá-lo aqui ou virará pato assado. Cada pato se propôs a achar uma sugestão para a questão: - Deixem-no aqui. - Façamos um barquinho para o patinho. - Amarrem-no a um cipó que vamos puxando. - Vamos levá-lo nas costas; cruzemos rio para pedir ajuda lá do outro lado, precisamos de suporte.
Me ouça,
mamãe pata, Não restava muito tempo e a decisão era dela. As águas estavam de fato ameaçadoras: havia galhos, pedras, troncos em chamas que se transformavam em armadilhas. Sem contar os animais que, em diferentes filas, cruzavam o rio em busca de vida. - Prepare-se pequeno amigo, que a aventura será bela.
Nunca me esquecerei
desse dia, - Patinho solitário, você sobe nas minhas costas, filhos segurem-se com o bico um no rabo do outro. Poucos minutos bastaram para que a caravana de patos se organizasse de maneira a fugir das chamas da clareira. O patinho solitário não ousava abrir os olhos e fingia que não sentia os perigos da travessia imposta. - Falta pouco, meus filhos - gritava a mamãe pata para dar forças ao grupo. O patinho solitário, no entanto, sabia que, enquanto não estivesse com as patas na terra, sua vida perigo corria. - Cuidado, vem um tronco em alta velocidade. Vamos parar um momento! E um ramo desse tronco acertou a cabeça de mamãe pata que gritou: - Estou tonta, acho que vou desmaiar. O patinho abriu os olhos, pulou dentro da água e falou para os patos e patas:
Amigos, não
temos escolha, Cada patinho segurou a mamãe pata de um lado e, liderados pelo patinho solitário, levaram-na até a terra firme. - Obrigada, meu filhos, já me sinto melhor. Mas a grande surpresa foi a braveza com que com você, amigo, me socorreu quando era eu quem o socorria.
Também
não sei o que passou, Desse momento em diante, a família de mamãe pata e do patinho, que não era solitário, se encontraram muitas vezes para festejar os reveses da aventura passada. Solange Munhoz |
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