Competências essenciais para o exercício daprofissão de educador de infância
1 - Enquadramento
teórico
A qualidade profissional dos educadores
de infância é, muitas vezes, relacionada com as características pessoais
e de personalidade destes educadores, em detrimento das competências específicas
de âmbito profissional. Estas concepções mais tradicionais são, muito
provavelmente, herança de uma concepção de educação de infância identificada
como um modelo de cuidados/guarda, onde o importante é, exclusivamente,
a qualidade da relação que se estabelece entre o educador e as suas crianças.
Actualmente este tipo de visão é questionada com a introdução do conceito
de “educare” (Caldwell, 1989) onde a função de guarda é complementada
com uma outra função estritamente educativa. Nesta perspectiva as duas
dimensões antes referidas são indissociáveis.
Cró (1998) considera que as concepções
acerca da qualidade dos profissionais de educação de infância podem ser
organizadas em torno de três eixos fundamentais: a qualidade ligada a
traços característicos da personalidade, a qualidade ligada ao desenvolvimento
de competências e a qualidade ligada às características da relação que
estabelece, ou seja aos estilos e modos de ensinar.
Oliveira-Formosinho (2000) analisa
as tarefas a serem desenvolvidas pelo educador para depois considerar
as competências essenciais para o exercício da profissão. Assim, o educador
tem de executar tarefas tão diversas como o cuidar da criança e do grupo
– bem-estar, higiene, segurança -, o educar, sendo esta última tarefa
entendida como socialização, como desenvolvimento e como aprendizagem,
e o dinamizar a criança (animação infantil).
Esta diversidade e riqueza de tarefas
levam a que se considere hoje que formar educadores de infância é partilhar
um processo de melhoria pessoal, colaborativa e tecnológica, pelo que
implica uma capacitação pessoal para além de uma capacitação profissional
(Medina Revilla 1993). Ou seja, considera-se que a par de competências
profissionais o educador tem também de ter, e de desenvolver, competências
pessoais para que possa ser considerado um profissional de qualidade.
Estas duas concepções sobre as competências
essenciais para o exercício da profissão de educador de infância, concepção
tradicional vs. concepção assente também em competências profissionais,
continuam de algum modo actuais. De facto, no “espírito” de muitos alunos
e profissionais desta área, independentemente da organização dos currículos
da formação dos futuros educadores assentar na segunda concepção antes
focada, a concepção tradicional continua ter um peso significativo (Coelho
& Neves 2000). Com este trabalho procuramos identificar o “peso” relativo
e a importância das concepções tradicionais nos alunos e profissionais
e os factores que, eventualmente, possam estar associados, no contexto
formativo, à alteração/manutenção dessas concepções.
2 - Objectivos do trabalho:
conhecer as concepções dos alunos do curso de educação
de infância sobre as competências essenciais para o exercício da profissão
de educador;
conhecer as concepções dos profissionais sobre as competências
essenciais para o exercício da profissão de educador;
analisar a variação destas concepções ao longo do curso;
relacionar os diferentes níveis estudados (anos curriculares
e profissionais) com as variações observadas.
3 - Metodologia
A informação foi recolhida com recurso a um questionário
composto de um item aberto. Pedia-se, aos sujeitos, que indicassem as
competências essenciais do educador para ser um bom profissional, no máximo
de 10, e que as organizassem por ordem de importância.
O questionário foi passado a 145 alunos do curso de educação
de infância e a 19 profissionais a exercer a profissão há mais de 5 anos.
QUADRO I
Distribuição da
amostra por anos e profissionais
1º Ano
2º Ano
3º Ano
4º Ano
Profissionais
Total
24
32
32
38
19
145
Obtiveram-se 1772 respostas que foram posteriormente sujeitas
a uma análise de conteúdo. Esta análise agrupou a totalidade das respostas
em 8 categorias ou dimensões.[1]
Dimensões identificadas na análise das respostas:
D1 - Dimensão de formação
profissional: formação na área, saber teórico, formação ao longo
da vida.
Respostas tipo - conhecimentos de psicologia e de pedagogia,
conhecimentos científicos, teóricos.
D2 – Dimensão das práticas
educativas: competência profissional ao nível das práticas, desempenho,
saber fazer.
Respostas tipo - capacidade de promover experiências significativas,
saber aplicar as orientações curriculares.
D3 – Dimensão motivacional:
Aspectos ligados à vocação, motivação para ser educador.
Respostas tipo - gostar do trabalho, gostar de crianças,
ter vocação.
D4- Dimensão afectiva
e emocional: aspectos ligados a características pessoais não relacionados
com a formação académica ou profissional. Aspectos afectivos, emotivos
e de sensibilidade.
Respostas tipo - extrovertido, sentido de humor, meiga, carinhosa,
sensível, afectuosa.
D5- Dimensão de Formação
Pessoal, Social e Cidadania- aspectos ligados à formação geral da pessoa
como cidadão, nomeadamente boa formação moral, bom senso.
Respostas tipo- boa formação moral, honestidade, sentido
de justiça, tolerância, humildade.
D6- Dimensão de relacionamento interpessoal e comunicação:
competências de relacionamento interpessoal, de comunicação, de trabalho
em equipa.
Respostas tipo - cooperação, capacidade de trabalhar em equipa,
capacidade de se relacionar com os pais.
D7- Dimensão de Profissionalismo/zelo
profissional: competências pessoais não directamente ligadas à profissão
mas que favorecem um bom desempenho, organização, pontualidade.
Respostas tipo - metódico, organizado, disponível, espirito
crítico, brio profissional.
D8- Dimensão de Proactividade:
iniciativa, dinamismo, criatividade.
Estas oito categorias foram posteriormente analisadas segundo
a sua frequência absoluta e relativa em cada ano lectivo do curso e entre
os profissionais estudados. O estudo da frequência absoluta (1º Estudo)
refere-se aos valores percentuais das dimensões de competências identificadas
em cada um dos diferentes níveis (anos lectivos e profissionais). O estudo
da frequência relativa (2º Estudo) refere-se apenas aos valores percentuais
das dimensões de competências identificadas como as três mais importantes
para o exercício da profissão de educador de infância.
4 – Resultados
1º Estudo
No Quadro II apresentamos as percentagens absolutas das respostas
obtidas nas oito dimensões estudadas, distribuídas pelos 4 anos da formação
inicial de educadores de infância e pelos profissionais com, pelo menos,
5 anos de experiência. O número total de respostas obtidas foi de 1772.
QUADRO
II
Percentagem de
respostas obtidas em cada categoria nos
diferentes anos
de formação e entre profissionais
1º Ano
2º Ano
3º Ano
4º Ano
Profissionais
D1
1,6
4,23
2,36
3,09
3,06
D2
8,7
13,22
22,53
4,94
9,19
D3
12,08
17,46
24,89
11,34
12,26
D4
13,18
8,46
4,29
4,53
9,19
D5
37,36
19,57
13,73
21,6
19,15
D6
11,53
28,08
18,02
26,18
28,35
D7
1,6
14,55
7,29
13,81
8,42
D8
13,73
11,90
6,86
11,34
10,34
Em termos gráficos, a distribuição destes resultados apresenta
o seguinte padrão (cf. Gráfico I).
GRÁFICO I
Distribuição das respostas obtidas em
cada categoria nos diferentes anos de formação e entre profissionais
Como se constata pela leitura do Gráfico I os alunos do primeiro
ano identificam em muito maior quantidade (37,36% das respostas dadas)
competências dos educadores que se integram na nossa dimensão 5 (Dimensão
de Formação Pessoal, Social e Cidadania) onde se incluem os aspectos ligados
à formação geral da pessoa como cidadão, nomeadamente formação moral,
bom senso, sentido de justiça, tolerância, humildade.
As dimensões que identificam competências de âmbito profissional
apresentam, ao contrário da anterior, valores relativamente baixos. A
dimensão 8 (Dimensão de Proactividade, onde se incluem os aspectos ligados
à iniciativa, dinamismo e criatividade), por exemplo, apenas obteve 13,73%
das respostas, isto é, apenas 13,73% das respostas obtidas podem ser categorizadas
nesta dimensão. Muito próximo deste valor encontramos a dimensão 4 (relativa
aos aspectos afectivos e emocionais ligados a características pessoais
não relacionados com a formação académica ou profissional) com 13,18%
das respostas. A categoria 3 (Dimensão motivacional onde se incluem os
aspectos ligados à vocação e motivação para ser educador) apresenta valores
acumulados de 12,8%. A dimensão 1(formação profissional)e7 (profissionalismo/zelo profissional) apresentam valores relativamente
irrelevantes (1,6% respectivamente para cada uma destas categorias).
No segundo ano do curso os valores obtidos, para cada uma
destas dimensões, apresentam uma distribuição mais homogénea. A tendência
de concentrar as respostas, verificada no primeiro ano, em competências
de um determinado tipo diminui substancialmente. No entanto, independentemente
desta maior homogeneidade das respostas, verificamos que a categoria 6,
relativa ao relacionamento interpessoal e à comunicação, é preferencialmente
identificada por estes alunos (28,08% das respostas dadas). A segunda
dimensão mais identificada (D5 - Dimensão de Formação Pessoal, Social
e Cidadania), com 19,57 % das respostas, corresponde exactamente àquela
que mais foi identificada nos alunos do primeiro ano. As restantes dimensões
obtiveram respectivamente 17,46 % (D3 - dimensão motivacional), 14,55%
(D7 - dimensão de profissionalismo/zelo profissional) e 13,22% (D2 -
dimensão das práticas educativas).
Estes resultados (encontrados em alunos com, pelo menos,
um ano de formação) indiciam uma tomada de consciência da função do educador
expressa na maior amplitude das respostas dadas. Note-se, contudo, que
a dimensão que engloba os saberes teóricos (D1) continua a ser a menos
referida (4,23%) embora o valor percentual se afaste do valor residual
dos alunos do primeiro ano (1,6 %).
Os alunos do terceiro ano identificam em maior número competências
integradas nas seguintes três dimensões: D3 – Dimensão motivacional (24,89%);
D2 – Dimensão das práticas educativas (22,53%) e D6 - Dimensão de relacionamento
interpessoal ecomunicação (18,02%). As restantes dimensões apresentam
uma distribuição entre os 7,29% e os 2,36%.
A diferenciação clara dos valores entre as dimensões D3,
D2, D6 e as restantes pode estar relacionada com o facto de, na altura
em que foi recolhida a amostra, os alunos do terceiro ano estarem a preparar-se
para o primeiro grande estágio com intervenção prática. De facto D3, D2
e D6 configuram competências do tipo “saber prático”, “relacionamento
interpessoal” e “motivacional”, isto é, competências que vão ser testadas
nesse estágio.
Os alunos do 4º ano identificam essencialmente competências
integradas na dimensão de relacionamento interpessoal e comunicação (D6)
(26,18%) e na dimensão de formação pessoal, social e cidadania (D5) (21,6%).
Os profissionais identificam um conjunto de competências
que se integram maioritariamente nas seguintes categorias:
- D6- Dimensão de relacionamento interpessoal e comunicação-
competências de relacionamento interpessoal, de comunicação, de trabalho
em equipa (28,35%)
- D5- Dimensão de Formação Pessoal, Social e Cidadania- aspectos
ligados a uma formação geral de cidadão, boa formação moral, bom senso
(19,15%)
2º Estudo
No questionário passado aos sujeitos ao mesmo tempo que era
solicitado que identificassem livremente competências essenciais para
o exercício da profissão, era pedido que as mesmas fossem hierarquizadas
por ordem de importância.
Foram consideradas as competências identificadas pelos
sujeitos e classificadas nos 3 primeiros lugares dos 10 disponíveis. Posteriormente
estas competências foram sujeitas a uma análise de conteúdo e agrupadas
nas categorias anteriormente identificadas.
De seguida apresentam-se os resultados dessa valorização
de competências.
Os resultados estão expressos no quadro que apresentamos
a seguir (cf. QUADRO III). No Gráfico II apresentamos o padrão
dos resultados obtidos para este estudo.
QUADRO III:
Percentagens das respostas em cada dimensão (dimensões mais
valorizadas)
1º Ano
2º Ano
3º Ano
4º Ano
Profissionais
D1
2,8
1,04
4,8
6,5
4,34
D2
7,04
17,7
35,57
9,75
14,49
D3
21,1
9,18
13,46
10,56
5,79
D4
7,04
6,25
5,76
5,69
13,04
D5
53,52
33,3
14,42
34,95
21,73
D6
8,45
6,25
6,73
8,13
7,24
D7
0
13,54
12,5
11,38
11,59
D8
0
12,5
6,73
13
7,24
GRÁFICO II:
Percentagens das respostas em cada dimensão (dimensões
mais valorizadas)
No primeiro ano do curso verifica-se que a dimensão mais
valorizada (D5) é a dimensão relativa às concepções mais próximas do conceito
tradicional, com valores percentuais de 53,52%. A segunda dimensão mais
valorizada (D3) apresenta valores muito inferiores aos observados anteriormente
(21,1%). De notar ainda que neste primeiro ano há duas dimensões que não
são referenciadas, nomeadamente a dimensão D7 e D8. As três dimensões
restantes apresentam valores entre 8,45% e 7,04%, respectivamente para
as dimensões D6 e D2/D4.
No segundo ano a distribuição dos resultados apresenta uma
maior dispersão do que a observada no primeiro ano. A dimensão mais valorizada
continua a ser a D5. Contudo, os valores percentuais obtidos são substancialmente
inferiores àqueles que se observaram no primeiro ano (33,3% contra os
53,52% observados anteriormente). Paralelamente observa-se um aumento
do número de respostas na D2, bem como respostas nas D7 e D8 (no primeiro
ano estas dimensões não tiveram qualquer expressão).
No terceiro ano verifica-se uma mudança no padrão das respostas.
Esta mudança consubstancia-se, primordialmente, na alteração da dimensão
mais valorizada, nomeadamente na substituição da D5 pela D2. A D2 contabiliza
35,57% das respostas contra apenas 14,42% da D5. As restantes dimensões
apresentam também uma distribuição mais homogénea do que a observada nos
dois anos anteriores: 13,46% para a D3; 6,73% para a D6 e D8. Finalmente
a D4 apresenta uma acumulação de resposta de 5,76% e a D1 4,8%.
No quarto ano o padrão volta a modificar-se aproximando-se
do padrão encontrado nos profissionais. Assim, a dimensão mais valorizada
é novamente a D5 (34,95%) seguindo-se a D8 com 13% das respostas, a D7
com 11,38%, a D3 com 10,56%, a D2 com 9,75%, a D1 com 6,5 % e a D4 com
5,69%. De notar, contudo, a acentuação da distribuição mais homogénea
dos valores.
Os valores obtidos na população de profissionais apresentam
uma distribuição relativamente semelhante à obtida no quarto ano de formação.
Os valores distribuem-se de uma forma relativamente homogénea, entre 21,73%
e 4,34%. A dimensão mais importante é a D5 com 21,73% das respostas. A
dimensão menos valorizada é a D1 com 4,34% das respostas. As restantes
dimensões apresentam percentagens relativamente aproximadas: D2 com 14,49%;
D4 com 13,04%; D7 com 11,59% e D6 e D8 com 7,24%.
5 - Discussão dos resultados
É interessante verificar que as competências identificadas
pelos alunos para o exercício da profissão de educador vão sendo diferentes
à medida que os alunos progridem no curso, sendo que as concepções dos
alunos do 4º ano se aproximam das dos profissionais. No entanto, a evolução
não é feita sempre no mesmo sentido. Nos dois primeiros anos nota-se um
alargamento do número de competências identificadas. Este alargamento
denota uma crescente consciencialização das funções a serem desempenhadas
pelo educador. Parece haver uma descoberta do verdadeiro papel do educador
de infância no sistema de ensino, pelo que as concepções identificadas
prioritariamente como competências de um só tipo (dimensão 5 - formação
social e pessoal) são alargadas a outras dimensões.
No terceiro ano nota-se uma alteração deste padrão pois a
grande maioria das competências identificada está integrada nas categorias
dos saberes práticos e da motivação/vocação. É sabido que a altura em
que a informação foi recolhida coincidiu com o período de preparação do
primeiro grande estágio das alunas pelo que poderá ter influenciado a
sua orientação para a identificação de competências nestas dimensões.
Relativamente à hierarquização das competências definidas
pelos estudantes, como mais importantes, verificamos uma dispersão das
mesmas ao longo do curso. Se inicialmente estes estudantes valorizavam
apenas um tipo de competências (basicamente as definidas pelas dimensões
D5 e D3) ao longo da frequência do curso vão sucessivamente integrando
novas competências, indiciando a construção de uma imagem do profissional
de educação de infância mais alargada, abrangente e multifacetada. Prova
disto é o facto de os alunos do 1º ano nunca valorizarem competências
integradas na D7 (Dimensão de Profissionalismo/zelo profissional) e na
D8 (Dimensão de Proactividade). Os alunos do 4º ano, ao contrário, contemplam
todas as dimensões de uma forma mais equilibrada.
Como se observa no Gráfico II, os sujeitos do 1º, 2º, 4º
Ano e profissionais consideram mais importantes as competências integradas
na D5 (Dimensão de Formação Pessoal, Social e Cidadania). Os alunos do
3º ano, ao contrário deste padrão, valorizam mais as competências integradas
na D2 (Dimensão das práticas educativas). Esta inversão do padrão poderá
ser explicada, como já antes o dissemos, pelo momento em que a informação
foi recolhida. Assim, os questionários foram passados numa altura em que
os alunos do 3º ano estão a preparar-se para realizar o primeiro grande
estágio. Este facto torna-se visível na preocupação com as questões referentes
aos saberes práticos (competências incluídas na D2).
Contudo, paralelamente a este “pico” da D2 observado no 3º
Ano, verifica-se que estas competências práticas incluídas na D2 vão sendo
progressivamente valorizadas ao longo do curso. Esta valorização é visível
no aumento sucessivo do número de respostas incluídas nesta categoria
e que atinge o auge no 3º ano. No entanto, este padrão modifica-se quando
observamos o resultado do 4º ano. Neste caso os resultados aproximam-se
claramente dos observados nos profissionais.
Esta mudança parece indiciar que a iniciação à prática profissional
é um momento organizador ou reorganizador das representações sobre a profissão
de educador de infância. Depois desta experiência os estudantes abandonam
uma concepção de educador assente na valorização das competências práticas
para abarcar uma concepção que, embora inclua competências de muitos domínio,
valoriza significativamente mais as competências de Desenvolvimento Pessoal
e Social, concepção essa partilhada pelos profissionais em exercício há
mais de 5 anos.
6 - Conclusões
- Os alunos enriquecem a sua concepção do profissional de
educação à medida que vão frequentando o curso.
- Esta concepção assenta em competências ligadas ao desenvolvimento
pessoal e social do educador.
- Ao longo do curso os alunos vão valorizando cada vez mais
as competências práticas do exercício da profissão.
- A realização do primeiro grande estágio marca uma viragem
nesta tendência, diminuindo o peso dado pelos alunos às competências
práticas.
- As competências mais valorizadas tanto pelos alunos como
pelos profissionais estão ligadas ao desenvolvimento pessoal e social.
- Estas concepções parecem indiciar uma visão de educação
de infância conotada com um espaço essencialmente de socialização.
[1]
Foram consideradas as mesmas categorias
identificadas no trabalho de Neves, P.; Gonçalves, S., Vale,V. (2002).
Desempenho profissional dos educadores recém-licenciados: o que pensam
os educadores cooperantes, XII Congresso Afirse. Lisboa.
Caldwell, B. (1989). A comprehensive model for integrating child care
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Coelho, A.; Neves, P.; (2000)- As representações sociais acerca da creche-
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comunicação apresentada no XII Congresso Afirse. Lisboa
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Neves, P. ; Cerdeira J. (1999) - Percepção de Comportamentos
de Indisciplina na sala de aula do 1º Ciclo. Actas do IV Congresso
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Colectânea de Comunicações de 1999. Coimbra: Edição
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Oliveira Formosinho, J. (2000). A Profissionalidade Específica da Educação
de Infância, Infância e Educação, Investigação e Práticas nº1-Janeiro
2000, 153-173.
Oliveira Formosinho, J. (2000). O Desenvolvimento Profissional de Educadores
de Infância Principiantes, Infância e Educação Investigação e Práticas,
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